segunda-feira, 22 de julho de 2019

DOMÍNIO PRÓPRIO


 “ Não carregue o que você não precisa no bolso, em casa, no coração... “
Joshua Becker

Já se foram 24 meses de vida minimalista. Confesso que quando comecei a estudar o assunto, não achei que todos aqueles princípios fariam tanto sentido para mim, como fazem hoje.

Descobri que o minimalismo é um processo constante e como todo processo, é cheio de altos e baixos. Foram tantos anos mergulhada no que a mídia dizia que eu precisava para viver, que aceitar, que mudar tudo isso não seria de uma hora para outra, me deu a tranquilidade e determinação necessária para vivenciar todas as etapas do meu processo de mudança.

Digo meu, porque essa é uma experiência individual e cada pessoa reage de uma maneira. Afinal, o que importante para mim, pode não ser para você, assim como as minhas necessidades podem ser consideradas supérfluas para alguém e vice versa.

Não, eu não fiquei apenas com 33 peças de vestuário, não pintei a minha casa de branco, não me mudei para um apartamento de 43 m2 e ainda temos um carro em casa, mas muita coisa mudou. Hoje, além de comprar só aquilo que realmente faz sentido para mim, me tornei uma incansável questionadora: porque preciso disso? Posso viver sem isso? Porque decidi comprar isso agora se antes de sair de casa eu nem lembrava que precisava disso? E pode acreditar, esses questionamentos têm papel importante na hora de resistir ao consumismo irresponsável.

O fato é que me dei conta que o consumismo estava consumindo a minha vida e que hoje vivo a liberdade de escolher o que realmente é essencial para mim e quer saber? Como dizia o Pequeno Príncipe: o essencial é invisível aos olhos.

Sou cristã e a palavra de Deus aponta algumas características de uma pessoa que vive guiada pelo Espírito de Deus, que são:

“Mas o fruto do Espírito é amor, alegria, paz, paciência, amabilidade, bondade, fidelidade, mansidão e domínio próprio. Contra essas coisas não há lei”.
Gálatas 5:22-23

Domínio próprio, eis aí um fruto do Espírito Santo que tem tudo a ver com uma pessoa minimalista. Sim, ser cristão, também é ser minimalista!  Fica a reflexão: você tem total controle daquilo que consome, ou a mídia e suas vertentes que manipulam as suas necessidades?

terça-feira, 18 de setembro de 2018

ACUMULAR

A mor?
C uidado?
U nião?
M urmuração?
U topia?
L eveza?
A tenção?
R aiva?

O que você têm acumulado?


quinta-feira, 16 de agosto de 2018

EXPERIMENTO

Gosto de me propor desafios no início de cada ano e neste ano, o meu desafio foi não comprar nenhuma peça de vestuário, incluindo calçados e acessórios. Não comprar nenhum item de maquiagem e cuidados com a pele, cabelo etc, para esta categoria, só flexibilizei a reposição dos itens que fossem acabado.

Passados 8 longos meses, já tenho condições de dar um feedback parcial do experimento: o consumo é um hábito e esse hábito pode ser saudável ou não. No meu caso passava longe de ser saudável. O primeiro mês foi bem difícil, quase desisti para falar a verdade. Mas passados os primeiros 30 dias, já era possível ir ao shopping, olhar as vitrines e não ter palpitações. Sim, eu tinha palpitações. 

O mais espantoso é que estou aprendendo a usar as roupas que tenho e elas tem se multiplicado. Aprendi a fazer várias combinações diferentes e estou satisfeita com os resultados. Os potes de cremes de hidratação de cabelo estão acabando e isso me deixa bem satisfeita, aliás, este era um prazer pouco explorado por mim: finalizar um produto. Como eu sempre comprava muito, muitas vezes eles venciam, antes de usá-los por completo. Aff, que desperdício! 

Outra sensação boa é a de repor um item acabado porque o item foi muito bom e não somente para experimentar um produto novo. O que quero dizer é a experiência de consumir conscientemente. É uma delícia sair de casa com o objetivo de comprar uma determinada coisa e voltar somente com o produto para casa, isso chama-se foco! Antes, eu saía para comprar um rímel e voltava com uma bolsa, um sapato, 3 blusinhas e o rímel. 

A jornada é longa. Ainda existem várias coisas que me incomodam e que preciso mudar. Mas decidi ir aos poucos, com passos curtos, porém firmes.


terça-feira, 17 de julho de 2018

RENOVE A SUA MENTE


“Não se amoldem ao padrão deste mundo, mas transformem-se pela renovação da mente, para que sejam capazes de experimentar e comprovar a boa, agradável e perfeita vontade de Deus.”
Romanos 12:2

A verdade é que andar na contramão do sistema não é fácil. Desde pequenos somos bombardeados com mensagens explícitas e subliminares com o objetivo de nos convencer de que precisamos ter para ser. Basta você parar para assistir aos comerciais de canais infantis e observar a psicologia utilizada nos anúncios de brinquedos. Tudo gira em torno de: se você possuir tal brinquedo, será mais feliz! Aos poucos, os brinquedos inocentes se transformam em vídeo game, roupas, tênis, celulares, eletrônicos em geral, carros, apartamentos espaçosos, casas na praia, casas no campo, etc. Mas se isso fosse verdade, porque algumas pessoas que passam a vida conquistando os tão sonhados bens, são tão infelizes ao ponto de cometerem suicídio?!

Enquanto o mundo quer nos colocar nos moldes do consumismo, devemos entender que coisas materiais jamais suprirão as nossas necessidades emocionais e espirituais. Ao contrário, o forte desejo pelo consumo desenfreado, aprisiona e cria um sentimento de culpa doloroso, contrário a felicidade que tanto buscamos, pois a pessoa não se conforma em conviver com um vazio que suas coisas, bens, fama e sucesso não são capazes de preencher.  

Lembre-se a mídia trabalha duro para colocar em nossa mente que precisamos consumir mais do que precisamos, é disso que ela se alimenta e esse é o objetivo dos grandes marqueteiros: fazer de um objeto ou serviço desnecessário, tornar-se o nosso desejo de consumo. Fazer você crer que o seu smartphone 6, tornou-se obsoleto, porque a marca lançou o 7. Que loucura!

A boa, agradável e perfeita vontade de Deus é que experimentemos esse modo de vida contrário ao que o mundo prega, através da renovação da nossa mente. Ele quer que sejamos conscientes de nossas necessidades e não escravos do que a mídia diz que precisamos. Ele quer que vivamos no patamar onde as experiências são muito mais importantes do que as coisas, onde o caráter tem mais valor do que os bens que possuímos, onde o amor deve estar sempre em primeiro lugar.  

Uma vida rica em fé, criatividade e amor, é muito mais abundante em alegria do que qualquer coisa que o dinheiro possa comprar!




quarta-feira, 11 de julho de 2018

LIMITES


“... Só é realmente livre aquele que sabe estabelecer limites ...”

 Essencialismo – Greg McKeown

Não se engane, se você não estabelecer as suas próprias prioridades, aquelas que fazem sentido para você, que vão de acordo com o seu estilo de vida e com a essência do seu coração, o sistema ou outras pessoas farão isso por você. Da mesma maneira acontecem com os limites, se você não colocar, outra pessoa colocará por você.

Quantas vezes assumimos compromissos e tomamos decisões somente para não desagradar as pessoas ao nosso redor? Afinal, é o que sempre esperam de nós: que façamos tudo. Porém a verdade é que podemos fazer de tudo, mas não tudo. Aliás que se você deseja viver uma vida de frustrações, viva em função de agradar a todos.

Nós temos o direito de dizer não e mais, dizer não sem explicar o porquê. Dizer não simplesmente pelo fato de não acharmos conveniente, porque não está em harmonia com os nossos valores ou porque neste momento não é uma prioridade. Fomos criados com a tecnologia do livre arbítrio e na grande maioria das vezes, deixamos essa ferramenta maravilhosa nas mãos de outras pessoas que usarão para o benefício próprio e sem parcimônia.
 
A ideia não é passar a agir como um rebelde sem causa, e sim como uma pessoa consciente dos seus limites e prioridades. Compreender que dizer não, não fará com que as pessoas deixem de te amar (pelo menos as que realmente valem a pena). A grande sabedoria da vida é o equilíbrio, é saber dar o devido valor para cada papel da sua vida: familiar, espiritual, emocional e profissional.

Como começar? 

Para saber o que realmente importa e organizar a nossa escala de prioridades, devemos exercitar o autoconhecimento. Só assim, poderemos definir o que realmente importa e concentrar a porção de energia necessária para cada área de nossas vidas. Devemos aprender a impor limites que resultem em bem estar e no cumprimento dos nossos propósitos. 

Isso é viver com liberdade!

“Todas as coisas me são lícitas, mas nem todas as coisas convêm; todas as coisas me são lícitas, mas nem todas as coisas edificam.”

I Coríntios 10:23

terça-feira, 10 de julho de 2018

TEMPERANÇA


A temperança (em latim: temperantia de em latim: temperare “guardar o equilíbrio”) é caracterizada pelo domínio de si e pela moderação dos desejos. 

Pense comigo, imagine uma refeição, no qual a pessoa que preparou escolheu os melhores ingredientes, se ela não souber dosar os temperos (sal, pimenta, ervas e ácidos) o prato poderá ir de um manjar dos deuses a um completo fracasso, tudo por causa da falta de equilíbrio na quantidade e harmonização dos temperos. 

Da mesma maneira somos nós. Se não buscarmos o equilíbrio e o domínio próprio, dificilmente alcançaremos o sucesso em nossa jornada pessoal, profissional e espiritual. A Bíblia classifica a temperança como uma virtude, algo que precisa ser buscado e construído assim que passamos pelo processo de reset da nossa mente e passamos a assumir uma novidade de vida. 

Em nosso processo de evolução, saber dosar os nossos sentimentos, desejos e impulsos é sinal de sabedoria e traz como resultado a paz, a alegria e até a saúde física e emocional.  Ao contrário do que se pode pensar, a temperança nos leva a viver com liberdade, pois ao praticá-la deixamos de ser escravos dos nossos instintos e passamos a dominá-los.

A temperança nos afasta dos excessos materiais e emocionais, pois nos coloca em uma condição de escolha consciente sobre as coisas que realmente importam, daquilo que é essencial para a nossa vida. Por isso que a temperança produz serenidade para alma e bem-estar, pois ao nos livrarmos dos exageros (coisas e sentimentos), temos mais clareza para administrar o que realmente importa.

Seja livre, busque a temperança em sua vida.

terça-feira, 3 de julho de 2018

CONTENTAMENTO

A palavra contente significa “estar satisfeito ao ponto de nada te perturbar, não importa o que esteja acontecendo, mas não satisfeito ao ponto de nunca querer qualquer mudança”. 

Estar contente em outras palavras, é estar em paz com o seu coração. Não quer dizer ausência de problemas, mas é estar bem apesar dos problemas. Também não é comodismo, é agir com equilíbrio, respeitando os nossos limites físicos e emocionais. Uma pessoa pode ter sucesso, bens e ainda ser infeliz, enquanto outras podem viver cheias de privações e dificuldades no dia a dia, porém sentirem-se satisfeitas e contentes.

Como isso é possível?

O sentimento de contentamento nasce no coração, é uma maneira toda especial de encarar a vida, de praticar a gratidão por tudo o que temos e somos e ter a certeza de que temos o suficiente e necessário para sermos felizes. É viver na contramão do que a mídia consumista nos apresenta como regra de vida. É valorizar aquilo que o dinheiro não compra e que por ser tão precioso, é impossível determinar um valor. É priorizar o que realmente importa e não sentir culpa por isso.  

Esperar ficar contente, apenas quando aquela promoção chegar, ou quando aquele negócio se concretizar, ou ainda quando casar, ter filhos é perder um tempo precioso que não volta. O segredo de uma vida de contentamento é aproveitar as etapas e o caminho percorrido. Saborear cada batalha e não esperar para comemorar apenas as guerras vencidas é viver com sabedoria. Mas como começar? 

Praticando a gratidão!

Faça uma lista, ou apenas reflita sobre várias coisas em que você poderia expressar a sua gratidão. Não é tão difícil, até nas piores situações de nossas vidas, podemos enxergar algo de positivo, nem que seja apenas o aprendizado com tal situação. 

Pense nas coisas simples que acabam passando batido no dia a dia: sua família, seus armários e geladeira abastecidos, seu lar, suas roupas e calçados devidamente limpos no seu armário, seu emprego, seu animal de estimação, são tantas as coisas pelos quais podemos ser gratos... As vezes, no caminho para o trabalho, fico agradecida quando a minha música preferida toca na rádio, é disso que estou falando, mudar o nosso pensamento e deixá-lo mais sensível as coisas boas que acontecem recorrentemente ao nosso redor.

Experimente escolher viver contente e grato... o que está ruim pode melhorar apenas com uma mudança de ângulo e o que está bom, pode ficar ainda melhor. Tudo depende de como enxergamos.

Você precisa do mínimo para viver o máximo de uma vida repleta de contentamento.